Archive for Maio, 2019

ABATE DE DUAS CADELAS E CINCO CACHORROS NO CANIL DE CONDEIXA-A-NOVA

Maio 24, 2019

Campanha apresenta queixa crime ao Ministério Público contra Presidente da Câmara, Veterinário Municipal e desconhecidos
pelos factos seguintes:

1- A Associação de Protecção Animal «Os Patudos de Condeixa» tem uma parceria/protocolo com aquela Câmara Municipal, para cuidar, voluntariamente, dos cães recolhidos no respectivo CRO.

2-No dia 17 de Maio de 2019 a Associação de Protecção Animal «Os Patudos de Condeixa» resgatou, após alerta de um munícipe, uma cadela com 5 crias de cerca de 2 meses e albergou-os naquele CRO ( cfr. pág. No FB desta Assoc, doc nº 1).

3- Quer a cadela mãe, quer as suas crias, aparentavam estar bem de saúde, com fome, com sede, em estado que se pode apelidar de desnutrição que não põe em risco a vida, estado esse natural, e adequado, à situação de abandono em que viviam.

4- Apesar desta situação a cadela mãe mostrava-se socializada com as pessoas, não constituindo a mais ligeira espécie de «risco de dentada».

5- Ficou numa box com as suas crias, tendo sido alimentada (doc nº2)

6- No dia seguinte, de manhã (18.5.2019), sem qualquer comunicação, ou interpelação, à Associação que resgatou estes animais de companhia, aquele veterinário municipal abateu-os, a todos: a cadela mãe e as cinco crias. (doc nº3)

7- Soube-se que este veterinário usa o abate a seu bel prazer, pois nesse mesmo dia 18/5 ou na véspera 17/5, abateu outra cadela, esta grávida, que já estava no canil há mais de um mês, não a esterilizou no prazo de 15 dias após a sua entrada no canil ( ponto nº1. do Artº 3 , Lei 27/2016),abateu-a.(doc nº 3)

8- Este veterinário é um funcionário público, qualidade que lhe impõe um especial dever de cumprimento das Leis da República. Mas, pelos factos que apuramos, e que constituem o fundamento desta queixa,
9-Violou, grosseiramente, a Lei 27/2016 de 23/08/2016 que estabelece a proibição do abate de animais errantes como forma de controlo da população, e ( nº 6 do Artº 3) que só admite a eutanásia em casos comprovados de doença manifestamente incurável e quando se demonstre ser a via única e indispensável para eliminar a dor e o sofrimento irrecuperável do animal.

10-Violou, também, a disposição regulamentar dos canis municipais, que é o de ser aguardado o período de 8 dias, antes do abate, prevenindo a eventualidade de aparecer o «dono», ou alguém que o adopte ( salvaguarda para as situações anteriores referidas)

11- E havia, até, quem se propusesse adoptar esta cadela; (Muito mal procedeu o veterinário municipal na decisão de abate sem prévio contacto com as pessoas, a associação, do resgate)

12 – Foi requerido à CM pela queixosa que os cadáveres dos animais fossem preservados a fim de serem feitas análises periciais ( acautelando o rigor de ciência que pode faltar ao veterinário que optou pelo abate, e que, naturalmente tentará justificá-lo, como já fez).

13- Foi apresentado um relatório, cuja veracidade pomos em causa, a sarna é visível, as hemorragias nas fezes também, e não foram vistas nas menos de 24 horas em que a cadela e suas crias estiveram no CRO (doc nº 4).

14- Finalmente, o CRO em causa tem um espaço para «quarentena», o que significa que em caso de suspeita de doença, ou da sua confirmação, pode evitar contágios

É neste contexto, e nesta afirmação, que apresentamos a V. Exª a presente queixa

Documentos
2 Testemunhas

Abate de duas cadelas e de 5 cachorros no canil de Condeixa

Maio 21, 2019
———- Forwarded message ———
De: Campanha Esterilização Cães e Gatos <campanha.esterilizacao@gmail.com>
Date: terça, 21/05/2019 à(s) 15:49
Subject: Abate de duas cadelas e de 5 cachorros no canil de Condeixa
To: <presidente@cm-condeixa.pt>
Cc: <antonio.ferreira@cm-condeixa.pt>

 

Exmo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Condeixa, Sr. Dr. Nuno Moita da Costa

C/C Dr. António Ferreira Lázaro

Tomámos conhecimento de uma situação deplorável que ocorreu no dia 18 de Maio nas instalações do canil dessa Câmara que vimos expor a V. Exª.na expectativa que sejam por si adoptadas as medidas que se impõem:
A Associação de Protecção Animal os Patudos de Condeixa, que tem uma parceria com a câmara e que cuida dos animais do canil sem qualquer contrapartida financeira, colocou numa box do canil uma cadela e cinco crias que tinham sido por si resgatadas, em consequência de apelo que lhe foi dirigido por um munícipe  (no facebook da referida associação existe video ilustrando esse resgate),  munícipe esse que posteriormente se interessou pelo desfecho do resgate e pelo destino dos animais .
Conforme testemunhos de que dispomos a cadela , perfeitamente socializada , e as crias estavam de saúde, unicamente se encontravam fragilizadas e esfomeadas pela situação de abandono.
No dia 18 de Maio de manhã, mãe e filhos foram abatidos , numa visita relâmpago do veterinário municipal ao canil .
Sabe, certamente V. Exª que o abate de animais saudáveis nos canis se encontra proibido desde 23 de Setembro de 2018. Irá o veterinário Dr. Victor Branco invocar que os mesmos se encontravam doentes, utilizando a abertura da Portaria 146/2017 para o abate de animais portadores de doenças infetocontagiosas e zoonoses. Mas qualquer veterinário que se preze , na dúvida instalada depois de um rápido exame visual dos animais, iria procurar comprovar as suspeitas de patologias, colocando os animais numa jaula de quarentena  que sabemos existir no canil, enquanto aguardava os resultados.
Acresce que os animais abandonados são supostos aguardar no canil 8 dias, desde que não se encontrem em sofrimento, antes de serem eutanasiados por motivo de doença comprovada.
Infelizmente, a facilidade com que o Dr. Victor Branco recorre ao abate não se fica por aqui.
Também tomámos conhecimento do abate de uma cadela , que já se encontrava no canil há mais de um mês e que se encontrava prenhe , e que foi também abatida nesse fatídico dia 18 de Maio.
Ficamos , assim , a saber que os animais a cargo da Câmara não se encontram esterilizados , pois se assim fosse esta cadelita teria sido atempadamente esterilizada e colocada para adopção e não abatida. Se estava doente porque não foi tratada no tempo em que permaneceu no canil?
Encontra-mo-nos, pois, perante uma sequência de ilegalidades que mancham o município a que V. Exª preside , que V. Exª deve investigar, confirmar e punir.
Por constituir elemento de prova de eventuais doenças que o veterinário municipal venha a invocar para justificar os abates, solicitamos que os cadáveres dos animais abatidos sejam preservados.
No ano de 2018 , a Câmara de Condeixa utilizou unicamente 1 370,00 euros dos apoios do governo para as esterilizações, sendo que podia ter usado até 15 000 euros,  e ter esterilizado não só todos os animais do canil, como os animais dos munícipes carenciados ,reduzindo de forma eficaz o abandono e o nascimento de ninhadas indesejadas.
Não é aceitável  que os apoios disponibilizados fiquem por utilizar e a Câmara use o abate de animais indefesos, que tinham direito à vida, como modo de controlo do excesso de cães,prática essa que está proibida pela Lei 27/2016.
Aguardamos a resposta de V.Exª .
Com os melhores cumprimentos

Alentejo – um panorama desolador em termos de esterilização de cães e gatos

Maio 19, 2019
———- Forwarded message ———
De: Campanha Esterilização Cães e Gatos <campanha.esterilizacao@gmail.com>
Date: domingo, 19/05/2019 à(s) 19:45
Subject: Alentejo – um panorama desolador em termos de esterilização de cães e gatos
To: <geral@cm-alandroal.pt>, <secretaria.gap@m-alcacerdosal.pt>, <geral@mun-aljustrel.pt>, <geral@cm-alter-chao.pt>, <geral@cm-alvito.pt>, <geral@cm-arraiolos.pt>, <geral@cm-arronches.pt>, <geral@cm-avis.pt>, <geral@cm-barrancos.pt>, <geral@cm-beja.pt>, <girp@cm-borba.pt>, <geral@cm-campo-maior.pt>, <cm.castvide@mail.telepac.pt>, <geral@cm-castroverde.pt>, <geral@cm-crato.pt>, <geral@cm-cuba.pt>, <geral@cm-elvas.pt>, <gap@cm-estremoz.pt>, <cmevora@cm-evora.pt>, <geral@cm-ferreira-alentejo.pt>, <municipio@cm-fronteira.pt>, <geral@cm-gaviao.pt>, <gab.presidente@cm-grandola.pt>, <geral@cm-marvao.pt>, <geral@cm-mertola.pt>, <cmmontemor@cm-montemornovo.pt>, <geral@cm-mora.pt>, <cmmoura@cm-moura.pt>, <gap@cm-mourao.pt>, <geral@cm-nisa.pt>, <geral@cm-odemira.pt>, <geral@cmourique.pt>, <geral@cmpb.pt>, <geral@cm-pontedesor.pt>, <municipio@cm-portalegre.pt>, <geral@mail.cm-portel.pt>, <geral@cm-redondo.pt>, <geral@cm-reguengos-monsaraz.pt>, <secretaria@cm-santana.com>, <geral@cm-santiagocacem.pt>, <geral@cm-serpa.pt>, <info@mun-sines.pt>, <geral@cm-sousel.pt>, <geral@cm-vendasnovas.pt>, <camara@cm-vianadoalentejo.pt>, <geral@cm-vidigueira.pt>
Exmos Senhores Presidentes das Câmaras do Alentejo

Vimos pelo presente e-mail chamar a vossa atenção para o panorama desolador que a Região Alentejo (47 municípios) apresenta no que respeita à aplicação da nova legislação de protecção a cães e gatos , concretamente a Lei 27/2016 que veio proibir o abate nos canis e instituir a esterilização como o único meio para reduzir a sobrepopulação destes animais e a Portaria 146/2017 que a regulamenta.
Segundo os dados da DGAV que podem ser consultados nos links referidos abaixo, o Alentejo foi , em 2018, a região do pais que menos animais esterilizou. Em 2018, no continente, o número de animais recolhidos nos canis desceu  11  % em relação a 2017 ( de 36 035  para 31 949 animais) mas na Região Alentejo e no Algarve houve mais entradas nos canis do que em 2017.(https://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/2019/04/03/movimento-dos-canis-em-2018-comparacao-com-2017/)
Dispomos , também, de dados referentes à utilização dos apoios do governo às esterilizações das câmaras, em 2018,  constatando-se que só 6 câmaras (Évora, Montemor Novo,Odemira,Ferreira do Alentejo, Elvas e Viana do Alentejo) e o Intermunicipal da Resialentejo os usaram . De entre aquelas, destaca-se a Câmara de Évora que usou a totalidade da verba ( 30 000 euros)  e que é uma das câmaras do país que mais tem investido no controlo da população de cães e gatos, realizando regularmente campanhas para esterilização de animais de munícipes carenciados. Sem dúvida é devido à acção da Câmara de Évora que os números referentes à região Alentejo não são mais negativos . Já o Intermunicipal da Resilalentejo, que abrange 11  municípios alentejanos,  só usou 2465 euros dos apoios do governo, deixando as populações que deveria servir sem a oferta de esterilizações que permitiriam reduzir o abandono e os animais nas ruas. (https://campanhaesterilizacaoanimal.files.wordpress.com/2019/01/Result-Final-Camp.-Esterilização.pdf)
Os apoios financeiros do governo ( Despacho 2301/ 2019 de 8 de Março), disponíveis até 30 de Novembro de 2019,  podem ser usados para esterilizar animais errantes, nomeadamente os gatos silvestres, mas também animais dos munícipes carenciados.Se a esterilização abranger unicamente os animais dos CRO e excluir os que se encontram no exterior a procriar as Câmaras não se podem queixar que o abandono e os animais nas ruas continuem.
No final deste email encontra-se um resumo do Despacho em causa.
Encontra-mo-nos ao dispor.
Com os melhores cumprimentos

Elaboração de decreto-Lei instituindo a obrigatoriedade de chips nos gatos – Pedido de reunião com carácter de urgência

Maio 19, 2019
———- Forwarded message ———
De: Campanha Esterilização Cães e Gatos <campanha.esterilizacao@gmail.com>
Date: domingo, 19/05/2019 à(s) 14:14
Subject: Elaboração de decreto-Lei instituindo a obrigatoriedade de chips nos gatos – Pedido de reunião com carácter de urgência
To:

Exmo Senhor Secretário de Estado da Agricultura, Dr. Luís Vieira

No dia 18 de Maio, publicou o jornal Público um artigo intitulado  ” Gatos vão ser obrigados a usar chip de identificação ” que nos levantou sérias preocupações relativamente à forma como está a ser encarada a sua aplicação, ou não, às dezenas de milhares  de gatos silvestres que existem no país. São gatos sem dono, na maioria não adoptáveis, pertencentes, ou não, a colónias CED  ( o número de municípios que já implementou o CED é reduzido). Entre as questões para as quais procuramos um esclarecimento, encontram-se as seguintes : o decreto -lei vai exigir a colocação de chips,até 2021,  a estes animais ? Qual o plano para a sua captura e devolução ao habitat? Não são esterilizados ? Em que nome vai o chip ser colocado ? Nas cidades em que já existem milhares de animais esterilizados pelas câmaras vão estas ser “obrigadas” à tarefa, quiça impossível, de recapturar e chipar esses animais?
Pretendemos obter um esclarecimento sobre o que está a ser preparado e dar uma contribuição, alicerçada no conhecimento da realidade nacional,  para que o novo decreto -lei não venha dificultar ainda mais a vida já de si precária e violenta a que estes animais, protegidos pela Lei 27/2016,  se encontram sujeitos e tornar-se inaplicável porque irrealista.
Assim, solicitamos a V. Exª uma audiência , com carácter  de urgência.
Com os melhores cumprimentos
CEAA

COMUNICADO SOBRE NOTICIAS DE HOJE DO JORNAL PÚBLICO

Maio 18, 2019
A Campanha de Esterilização de Animais Abandonados manifesta a sua mais viva preocupação pelas noticias do Jornal Público do dia 18 de Maio intituladas ” Gatos vão ser obrigados a usar chip de identificação ” e ” Fim dos abates nos canis: “Tudo pode acontecer. Até raiva”.
Relativamente a esta última noticia , é de assinalar que pela primeira vez a Direcção Geral de Veterinária e Alimentação, na pessoa da sua sub – directora geral, toma posição abertamente contra o fim dos abates de animais saudáveis nos canis , adoptando uma posição alarmista em que invoca a possibilidade de vitimas mortais humanas e se insurge pelo facto de haver veterinários municipais que se sentem pressionados pelas criticas da opinião pública em caso da “necessidade” de abate nos canis municipais.
Quanto à exigência de colocação de chips nos gatos a informação é ainda escassa. Trata-se de um projecto de decreto-lei , que é da competência legislativa do Governo, neste caso do Ministério da Agricultura, e que só vai à AR a requerimento de 10 deputados. Segundo o jornal, os donos de gatos têm 3 meses para registar os gatos nascidos depois da entrada em vigor da lei; para os nascidos anteriormente o prazo de colocação do chip é de 2 anos, até 2021. Nada é dito relativamente aos milhares de gatos silvestres, com ou sem colónias CED que não têm donos. Ficam ilegais ? vão ser capturados e abatidos ao abrigo do ponto 1.b. do Artº 11º da Portaria 146/2017  segundo o qual podem ser abatidos animais com comportamento assilvestrado ?  as Câmaras vão ser pretensamente obrigadas a recapturar (???) milhares de gatos para os chipar e deixam de esterilizar para se dedicarem a esta tarefa ?
A CEAA está a estudar o assunto e a tentar recolher mais informações.
Pedimos a atenção e mobilização do movimento animal.
Não podemos permitir recuos na proibição do abate de animais saudáveis e no direito à vida dos gatos silvestres.

A que animais se aplicam os apoios do Despacho 2301/2019 ?

Maio 17, 2019

Queixas ao Ministério Público exigem testemunhas

Maio 15, 2019

Os apoios do Despacho 2301/2019 às esterilizações e as obrigações das câmaras

Maio 10, 2019

A Portaria 146/2017 abre a porta a eutanásias/abates evitáveis e tem de ser alterada

Maio 2, 2019