———- Forwarded message ———
De: Campanha Esterilização Cães e Gatos <campanha.esterilizacao@gmail.com>
Date: segunda, 26/06/2023 à(s) 12:36
Subject: Razões para restituir os gatos positivos a FIV/FELV às suas colónias
To: <presidencia@cm-guimaraes.pt>, <domingos.braganca@cm-guimaraes.pt>
Cc: Sofia Ferreira <sofia.ferreira@cm-guimaraes.pt>
Exmo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Dr. Domingos Sampaio
C/C Vereadora Drª Sofia Ferreira
Passaram dois anos sobre o e-mail abaixo em que nos insurgíamos contra o abate de gatos que testavam positivos a FIV/FELV, praticado pelo CRO, e que nunca teve resposta da vossa parte.
Esperamos que tenham deixado essa prática que nada justifica como tentámos demonstrar na mensagem que enviámos.
O Centro Veterinário Municipal de Valongo que testa aleatoriamente os elementos das colónias para monitorização do FIV/FELV divulgou na sua página de facebook um texto que espelha exactamente a forma de atuar do Centro em caso de gatos positivos e que vai ao encontro do que defendemos.
Por pensar que possa ter utilidade para V.Exas e para os serviços médico veterinários do CRO juntamos os links de acesso
Com os melhores cumprimentos
Pela CEAA
———————————
——— Forwarded message ———
De: Campanha Esterilização Cães e Gatos <campanha.esterilizacao@gmail.com>
Date: quinta, 17/06/2021 à(s) 17:02
Subject: Programa CED em Guimarães – Gatos de colónias abatidos sob pretexto de testarem positivo a FIV/FELV
To: <presidencia@cm-guimaraes.pt>, <domingos.braganca@cm-guimaraes.pt>
Cc: Sofia Ferreira <sofia.ferreira@cm-guimaraes.pt>
Exmo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Dr. Domingos Sampaio
C/C Vereadora Drª Sofia Ferreira
O objectivo deste e-mail é apresentar a V. Ex e à Srª Vereadora Sofia Ferreira um assunto de extrema gravidade.
Tomámos conhecimento de um facto lamentável ocorrido no mês de Maio do presente ano : uma cuidadora levou 5 gatos para esterilização no CRO e 4 deles foram abatidos por testarem positivo a FIV/FELV.
Os animais nunca manifestaram qualquer sintoma de doença e a cuidadora, que desconhecia esta prática de abate por parte do CRO, sentiu-se simultaneamente traída por vós e responsável por ter enviado os gatos para a morte. Escreveu-nos ela : “fiquei emocionada ao saber que levei os gatinhos para a morte e não quis saber mais nada, ainda hoje vejo as carinhas deles “
Sobre este procedimento, temos a dizer o seguinte :
Em primeiro lugar ser positivo a FIV/FELV, se de facto o eram pois os testes são falíveis, não significa que estivessem doentes e nada no seu comportamento e aspecto o indicava.
Em segundo lugar, os gatos que são capturados para serem esterilizados no âmbito do Programa CED são gatos que já integram uma determinada colónia em que as actividades de reprodução levaram a múltiplos contactos entre si. Mas uma vez esterilizados desaparecem os comportamentos de risco( sexo, lutas) e os eventuais positivos deixam de ser transmissores dessas doenças.
Estão , assim, a ser sacrificados inutilmente animais com pleno direito à vida, num claro desvirtuamento do Programa CED , eliminando sem razão animais que deixam, com a esterilização, de representar uma ameaça de contágio para a colónia, sendo sabido que muitos animais positivos nunca desenvolverão qualquer espécie de sintomatologia.
A literatura internacional sobre a matéria, desaconselha, pois, em absoluto a testagem sistemática a FIV/FELV de gatos de colónias.
Deixamos aqui a indicação de um relatório em que se enumeram todas as razões que justificam esta oposição aos testes generalizados a FIV/FELV que só se justificam se o animal tiver evidentes sinais de doença.
Para além de privar um animal do direito à vida, estes abates constituem uma enorme violência também para o cuidador que pensando estar a agir no interesse da colónia e dos animais se vai sentir responsável por os ter enviado para a morte, como no caso da cuidadora que nos contactou . No futuro qualquer cuidador , e muito bem, se absterá de usar os serviços de tal CRO.
Se a intenção da câmara é que o Programa CED se desenvolva e sirva o seu objectivo que é o controlo da população das colónias , esta prática é de todo desaconselhada. CED exige cooperação entre autarquias e cuidadores e não deve ser abatido nenhum gato das colónias sem a anuência destes, que podem, aliás, oferecer uma solução para os casos de animais doentes que se apresentem.
Por último, gostaríamos de chamar a atenção para o período de detenção de pelo menos 15 dias a que os gatos das colónias ficam sujeitos quando são levados para esterilização ao CRO. De facto, é dito no artº19-4 b do Regulamento do CRO que é tarefa do cuidador “Programar a captura dos animais que integram a colónia sob a supervisão do médico veterinário municipal, de acordo com normas divulgadas pela DGAV, bem como a entrega dos mesmos no CRO de Guimarães, onde devem permanecer por um período nunca inferior a 15 dias, para verificar da sua aptidão para serem mantidos no programa”.
No processo de captura – esterilização- devolução , os gatos assilvestrados devem ficar em cativeiro o menor tempo possível para evitar um stress que se pode revelar altamente traumático e que pode despoletar patologias. Esta é também uma recomendação de toda a literatura existente sobre o assunto.
A exigência de que os gatos fiquem no CRO pelo menos 15 dias contraria toda a prática conhecida na matéria e deve ser revogada por V. Exas.
Encontramo-nos ao dispor.
Com os melhores cumprimentos
Pela CEAA