A CEAA já tinha enviado uma mensagem, em Agosto de 2018, às 11 câmaras alentejanas associadas do CAGIA alertando-as para as características de uma dita campanha de esterilização lançada por aquele canil intermunicipal que considerávamos não ter qualquer utilidade para os munícipes e protectores de colónias de gatos dos respectivos concelhos dados os preços a que ficariam as esterilizações. (https://campanhaesterilizacaoanimal.wordpress.com/2018/07/08/campanha-de-esterilizacao-lancada-pelo-cagia-canil-gatil-intermunicipal-da-resialentejo/)
O desastroso panorama das esterilizações na região Alentejo, em 2018, – a região que menos esteriliza e onde as entradas nos canis aumentaram – veio demonstrar isso mesmo.
Por isso enviámos novo e-mail hoje , às mesmas câmaras, alertando-as , novamente, para a situação e pedindo que usem os apoios elas próprias( 15 000 euros a cada câmara, que são cumulativos com eventuais apoios às esterilizações do CAGIA) para esterilizarem animais dos munícipes carenciados e gatos de rua, através de protocolos a preços controlados, com clínicas dos seus concelhos.
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De: Campanha Esterilização Cães e Gatos <campanha.esterilizacao@gmail.com>
Date: quinta, 6/06/2019 à(s) 13:51
Subject: Re: Campanha de Esterilização lançada pelo CAGIA – Canil /Gatil Intermunicipal da Resialentejo
To: <antonio.bota@cm-almodovar.pt>, <gap@mun-aljustrel.pt>, <presidente@cm-alvito.pt>, <gae@cm-beja.pt>, <geral@cm-castroverde.pt>, <gad@cm-castroverde.pt>, <gap@cm-cuba.pt>, <geral@cm-serpa.pt>, <cmmoura@cm-moura.pt>, <presidente@cmourique.pt>, <geral@cm-vidigueira.pt>, <presidente@cm-reguengos-monsaraz.pt>
Cc: <gabinete.seal@mai.gov.pt>, <gabinete.seaa@mafdr.gov.pt>
Exmo Senhores Presidentes das Câmaras Municipais de Almodôvar, Aljustrel, Alvito, Beja, Castro Verde, Cuba, Serpa, Moura, Ourique, Vidigueira e Reguengos de Monsaraz, associadas do CAGIA
Em 8 de Agosto de 2018 , enviámos às câmaras associadas do CAGIA o e-mail abaixo em que chamávamos a atenção para uma suposta campanha de esterilização lançada por aquele intermunicipal que em nada beneficia os munícipes carenciados dos concelhos em causa para a esterilização dos seus animais e os protectores que querem implementar colónias CED.
De facto, o que o CAGIA faz é transferir os apoios às esterilizações dados pelo estado às câmaras para os proprietários ou protectores residentes nos concelhos, devendo estes suportar os custos dos preços de mercado praticados pelas clínicas. Poderia o CAGIA ter negociado preços especiais com várias clínicas, espalhadas geograficamente pelos concelhos abrangidos, abrindo áreas de negócio que simultaneamente servissem os residentes, mas nem sequer isso fez. Contactada uma clínica de Beja fomos informados que o preço a cobrar pela esterilização de uma gata é de 147 euros, a que acrescem o custo do colar isabelino, da medicação e de análises prévias à esterilização … O CAGIA “oferece” o apoio do estado ou seja 35 euros … Certamente ninguém carenciado esteriliza por esses preços. Por isso o Alentejo é hoje a região do país com menos esterilizações e se não fosse o impacto do magnifico trabalho do canil de Évora neste domínio, deveria ter uma quota de esterilizações próxima de zero.
Não pode ser aqui invocado o argumento que o apoio do estado é pequeno porque é suposto que as câmaras negoceiem com as clínicas preços controlados, como acontece na saúde humana. E estamos em condições de afirmar que hoje esterilizações de gatas a 35 e 40 euros já são preços praticados para animais de rua em inúmeras clínicas, em todas as regiões do país.
A 9 de Março de 2019 entrou em vigor o Despacho 2301/2019 que estabelece o mesmo regime de apoios às esterilizações das câmaras até 30 de Novembro de 2019. O CAGIA pode receber até 30 000 euros para realizar esterilizações. O ano passado também podia mas só recebeu 2 465 euros porque não esterilizou.
Cumulativamente, e dada a incapacidade revelada pelo CAGIA , as câmaras podem usar até 15 000 euros ( cada uma ) para esterilizar animais dos munícipes e implementarem o CED nos seus concelhos respectivos. Basta-lhes celebrar protocolos a preços reduzidos com as clínicas e anunciar as medidas junto das populações pois há uma pressão enorme para a esterilização de animais, e os munícipes vão receber de braços abertos as iniciativas que resolvam este problema.
Quase 3 anos depois da aprovação por unanimidade da Lei 27/2016 na AR, é mais do que tempo de avançar e o Alentejo não pode ficar parado na implementação das medidas de esterilização que vieram banir para sempre o abate nos canis municipais.
Encontra-mo-nos ao dispor